sábado, 5 de abril de 2008

Aula de Art Direction:

Depois da aula com o professor de art direction João Rui Guerra da Mata onde não houve espaço para grandes delicadezas e subtilezas (pessoalmente, é-me muito útil este género de abordagem), chegou-se à conclusão que para a nossa personagem feminina existiam dois caminhos que podiam ser seguidos. A nossa personagem poderia ser uma “boazuda” fora de prazo (convenhamos, a sra já está a caminho da meia idade) contudo isso iria conferir um tom “trashy”( mais John Waters ) ao filme. Outro caminho seria o da classe, da sexualidade contida. Neste sentido pensou-se em exemplos como o da Bárbara Guimarães ou da Mónica Bellucci onde, na vida real e não nos editoriais de moda, promovem um estética que visualmente se traduz em saias pelo joelho e muita elegância (não pondo de lado um belo de um decote) deixando a cada um de nós imaginar o que quer. Este caminho iria possibilitar um tom mais cruel ao nosso filme enquanto o primeiro pudera ir de encontro à criação de uma caricatura que corre o risco de se tornar patética.
Contudo, para chegarmos a este ponto é necessário arranjarmos uma actriz que preencha estes requisitos porque infelizmente nem todas as nossas actrizes comportam a possibilidade de se tornar num “lady”.
Foi-nos ainda apontado o excesso de moralidade na abordagem apresentada no treatment.
A nível de décors foi-nos sugerido ver imagens de vários consultórios incluindo o do Freud.


Deixo um vídeo de uma cena do nip/tuck com a participação da maravilhosa Jacqueline Bisset (que se enquadra na perfeição na nossa personagem).


6 comentários:

Sá Gouveia disse...

Qual será o antónimo de "excesso de moralidade"?; Deficiência de moralidade?...como diria o grande Cantinflas: "Pero, que es eso?"

Cátia disse...

errata:
Foi-nos dado a entender que o nosso filme era moralista.

Alguma questão acerca disso terá de ser dirigida ao Prof.de art Direction.

Sá Gouveia disse...

Cara Cátia,

Para não cairmos no jugo do ditado "Quem te manda a ti sapateiro, tocar rabecão" será melhor aconselhar-se sobre art direction com o professor de art direction. Sobre premissa, tema, estrutura, narrativa, ou qualquer assunto relacionado com o guião, aconselho-a (e a todos os seus colegas) vivamente a aproveitar ao máximo os ensinamentos dos experientes professores da área de Argumento.

E claro que isto não invalida o facto de que TODA a gente tem direito a uma opinião (ou mesmo várias).

Cátia disse...

O post publicado tinha apenas a intenção de dar a conhecer a colegas do meu grupo de trabalho(que tiveram de se ausentar antes do final da aula) o parecer do professor de art direction em relação ao dossier de produção. Peço desculpa caso me tenha exprimido de forma errada. A minha unica intenção era de dizer que não posso falar pelo prof. João da Mata no que diz respeito às razões das suas opiniões. Terei mais cuidado futuramente, enquanto produtora do grupo "Terapia" no que diz respeito aos posts ou comentários publicados.

Cátia disse...

O post publicado tinha apenas a intenção de dar a conhecer a colegas do meu grupo de trabalho(que tiveram de se ausentar antes do final da aula) o parecer do professor de art direction em relação ao dossier de produção. Peço desculpa caso me tenha exprimido de forma errada. A minha unica intenção era de dizer que não posso falar pelo prof. João da Mata no que diz respeito às razões das suas opiniões. Terei mais cuidado futuramente, enquanto produtora do grupo "Terapia" no que diz respeito aos posts ou comentários publicados.

Sá Gouveia disse...

Acharia terrivelmente monótono que refreasse os seus comentários. Uma das funções deste blog é exactamente a partilha de opiniões.
Por outro lado, ficaria muito contente em ler as suas opiniões.
Tenho algumas dúvidas sobre a utilidade da publicação de relatos sobre a opinião que outros professores (fora da sua área de especialização) terão expressado acerca do trabalho realizado em aulas da área de Argumento.
Como salientei (com toda a veemência possível) é natural que TODA a gente tenha uma opinião sobre as histórias.

Afinal, pouco mais há nesta fase para discutir...ou haverá?

Talvez seja útil reflectir sobre esta questão.